Dêsha bandhah chittasya dháraná. 3-1
A concentração (dháraná) é o atrelamento da consciência a um [único] ponto.
DeRose: Dháraná(concentração) consiste em centrar a consciência(chitta) em uma área delimitada.
Tatra pratyayaikátánatá dhyánam 3-2
A unidirecionalidade (êkattanatá) das idéias [presentes na consciência]em relação a esse [objeto de concentração]é a meditação(dhyána)
DeRose: Dhyána(meditação) consiste em manter a continuidade da atenção sobre aquela área especifica da consciência.
Tad êvárthamátra nirbhásam swarúpa shunyam iva samádhih. 3-3
Essa[consciência],fulgurando como puro e simples objeto,como que vazia da sua essência,é o extase(samádhi)
Comentário da Sylvia :é impossível a gota de água cair no mar e não tornar-se o mar
esse é o objetivo do princípio da egoidade...ver o mar
e cabe a ele tornar-se o mar ...e essa conquista depende muito de aparigraha,ishwára pranidhana ,tapas ,ahimsa e saucham(alicerce, ética de um Yogin)
DeRose: samadhi ("hiperconsciência")é quando citta assume a Natureza do objeto sobre o qual se medita,esvaziando-se da sua própria Natureza.
Trayam ékatra samyamah 3-4
Os três [praticados] juntos [em relação ao mesmo objeto]são [o que se chama de]constrição(samyama}
DeRose: Samyama(disciplina) é a pratica destes três passos juntos(dháraná,dhyána,samádhi).
Taj jayát prajñalôkáh 3-5
Da maestria dessa[pratica de constrição decorre] o fulgurar da sabedoria(prajña) 3-5
DeRose: Do sucesso nele,advém o conhecimento direto.
Tasya bhúmishu viniyôgah 3-6
Seu progresso é gradativo
DeRose:Sua aplicação deve ser por etapas.
Trayam antarangam púrvêbhyah 3-7
[Em relação aos]anteriores[cinco membros do Yoga],as três partes do processo de constrição] são os membros interiores( antar-angar)
DeRose: Esses tres estágios são mais internos que os precedentes.
Tad api bahirangam nirbíjasya 3-8
Não obstante,~são membros exteriores(bahir anga)[em relação ao êxtase]sem semente. 3-8
DeRose: Porém, até estes são considerados externos se comparados com nirbíja samádhi (samádhí sem semente)
Vyutthána nirôdha samskárayôr abhibhava prádurbhávan nirôdha kshana chittánvayô nirôdha parinámah 3-9
[Quando ocorre] a sujeição dos ativadores(samskáras)[subliminares]da origem e a manifestação dos ativadores de contenção-[a isto chama-se]transformação da contenção, a qual se liga à consciência no momento mesmo da contenção(nirôdha)
DeRose: Nirôdha parináma(evolução por supressão)ocorre quando se instala na consciência o samskára de nirôdha.
Tasya prashánta váhitá samskárat. 3-10
O fluxo tranqüilo dessa[consciência se efetua]através de ativadores[nas profundezas da consciência]
DeRose: Por esse samskaras,seu fluxo(da consciência )torna-se imperturbável.
Sarvathataikágratayôh kshayôdayau cittasya samádhi parinámah 3-11
O fim da "omnifinalidade" (sarva- arthatá)e o surgimento da uni-intencionalidade(êkagrata)é a transformação êxtatica da consciência.
DeRose: samádhi parináma (evolução por hiperconsciência)ocorre quando se elimina a dispersão e observa-se a unidirecionalidade da consciência.
Tatah punab shántôditau tulya pratyayau chittasyaikágratá parinámah 3-12
E ainda,quando as idéias latentes e manifestas[presentes na consciência]são as mesmas,[a isto chama-se ]transformação uni-intencionalda consciência.
DeRose: chittasyaikágratá (evolução por unidirecionalidade da consciência) ocorre quando os impulsos cognitivos opostos, passivos e ativos são neutralizados.
Comentário: O que Patáñjali nos diz aqui é que a uni- intencionalidade ou unidirecionalidade do estado extático se deve a sucessão dos conteúdos de consciência semelhantes .As idéias vão surgindo sucessivamente, e o fato de elas serem semelhantes nos da a impressão de continuidade.
Êtêna bhútêndriyêshu dharma takshanavasthá parinámá vyákhyátáh. 3-13
Por isso[também] explicam-se as transfarmações de forma,variação de tempo e condição[no que diz respeito aos]elementos[e aos] orgãos de sentidos .
DeRose;Da mesma forma ,pode ser compreendida a evolução dos elementos corporais (bhúta)e dos sentidos (indriya),que ocorre em função das suas propriedades(dharma) do tempo (lakshana)e das condições (avasthá)
Comentário: Trata-se de um aforismo difícil.Vyása,em seu Yoga-Bháshya, nôs dá o seguinte exemplo explicativo : a substancia argila pode tomar a forma quer de um pedaço de barro, quer de um jarro de água .Essas são as suas formas externas (dharma) ,e a mudança de uma a outra não afeta a substancia(dharmin)em si mesma. a argila permanece idêntica . Porém, o pedaço de barro e o jarro de água não tem somente uma existência especial ;estão também situados no tempo .O jarro ,portanto ,é a variação presente da argila.A variação passada foi o pedaço de barro e a futura será um punhado de pó .Mas o longo de todas as transformações que decorrem do tempo, a substancia permanece a mesma. O tempo e a sucessão de movimento (kshana) isolados que alteram imperceptivelmente a condição do jarro de água ;é esse o conhecidíssimo processo de corrupção ou envelhecimento. O mesmo se aplica a consciência (citta)
Shántôditávyapadêshya dhármanupátí dharmí 3 -14
O"suporte das formas"(dharmin)[i.e, a substância]é o que se amolda à forma(dharma)latente,manifesta ou indeterminável.
DeRose: Contudo,o substrato permanece invariável entre o passivo(shánta)e o ativo(udita)
Comentário : As formas latentes são as que ja foram;,as manifestas são as que são agora;, e as indetermináveis são as que ainda serão.Em todos os casos a substância é a mesma .
Comentario da Sylvia : chamamos a "substância" de Purusa(princípio da consciencia,imutável e eterno,não ativo que ilumina com sua luz a evolução cosmica e individual.
Kramányatwam parinámányatwê hêtuh. 3- 15
A duferenciação na sequência [de formas que aparecem] é a razão da diferenciação nas transformações na [Natureza]
DeRose: A sucessão de mudanças (krama)é o que produz a evolução (parináma).
Parinámá traya samyamád stitánágata jñnam 3-16
Através da [prática de] constrição nas três [espécies de] transformação [obtém-se ]o conhecimento do passado e do futuro.
DeRose: Praticando samyama nas três formas de evolução,obtém-se o conhecimento do passado e do futuro.
Shabdartha pratyayánám itarêtarádhyását samskaras tat pravibhága samyamát sarva bhúta ruta jñánam. 3-17
[É natural a]confusão entre a idéia, o objeto e a palavra[que os significa],[devido a uma]identificação errônea de uns com os outros.Através da [prática da]constrição na distinção entre esses [elementos confusos], [obtém-se o conhecimento dos sons de todos os seres.
DeRose: O som,seu significado e a idéia correspondente confundem-se devido à superposição .Praticando-se samyama sobre o som produzido por qualquer ser ,obtém-se o conhecimento da sua distinção.
Samskára sákshatkaranát púrva játi jñánam. 3-18
Através da percepção direta (sakshát-karanat)dos ativadores(samskaras),[o yogin adquire] o conhecimento dos seusnascimentos anteriores.
DeRose:Pela percepção direta dos sámskaras conquistam-se os conhecimentos inerentes à sua herança cultural (játi= nascimento,casta)
Pratyayasya parachitta jñánam. 3-19
[Através da percepção direta ]das idéias [ na consciência de outra pessoa][obtém-se se] o conhecimento da consciência do outro .
DeRose: Por esse meio,conhecem- se os pensamentos de outra pessoa.
Comentario: A percepção ordinaria é um processo mediado pelos sentidos.O Yoga,porém, admite a existência de uma percepção direta ,baseado na identificação consciente do Yogin com um determinado objeto
Comentário da Sylvia :Para o Yogin esse processo chama-se nyása.
Na cha tat sálambanam tasyávishayí bhútatwát . 3-20
Mas [esse conhecimento]não [tem como objeto] aquelas[idéias ]junto com o suporte [objetivo]]delas pois,[esse suporte]esta ausente [da consciencia da outra pessoa.
DeRose : Mas não se pode obter-se essa percepção a menos que apoie nos seus elementos materiais .
Comentário: Esse aforismo afirma simplesmente que a percepção imediata que o Yogin tem dos pensamentos de outra pessoa não lhe dá conhecimento das realidades objetivas sobre as quais esse pensamento se baseia .Assim ,se uma pessoa tem medo do oceano,o Yogin percebe a imagem mental que a pessoa faz do oceano.e compreende o medo que se liga a ela, mas não aprende coisa alguma acerca do oceano em si.
Káya rúpa samymát tad gráhya shakti stambhê chakshuhprakáshásamprayôgê ntardhánam. 3-21
Através da[ prática da] constrição na forma do corpo , na suspensão da possibilidade de ser percebido,[isto é ],na interrupção da luz [que vai desse corpo] até o olho,[adquire-se] a invisibilidade.
DeRose: O samyama realizado sobre o próprio corpo pode suspender a perceptibilidade visual da sua forma.
Sôpakramam niruprakramam cha karma tad samyamád aparánta jnánam arishtêbhyô vá 3-22
O karma [é de dois tipos]:agudo ou adiado. A través da [pratica da ] constrição nisso ou através de augúrios[o yogin adquire-se] o conhecimento da [sua] morte.
DeRose: O karma pode ser imediato ou retardado:praticando o samyama sobre ele,pode se prever o curso das ações e, até mesmo conhecer o momento da morte.
Maitry ádishu baláni 3- 23
[Através da prática de constrição]na [ virtude da]amizade,etc,[ o yogin adquire várias]forças(hala)
DeRose:Efetuando samyama, por exemplo sobre amizade (e outras virtudes) adquirem-se essas respectivas qualidades.
Balêshu hasti baládíni 3-24
[através da pratica de constrição]nas forças,[adquire-se] a força de um elefante,etc.
DeRose: Praticando samyama sobre a força do elefante(ou outro animal), obtem-se o seu poder.
Pravrtty álôka nyásat súkshma vyavahita vipakrshta jnánam.3-25
Concentrando [em qualquer objeto] o fulgor das atividades[mentais que não leva em si o sofrimento e tem o poder de eliminar, o yogin adquire] o conhecimento[dos aspéctos] sutil,oculto e distante[desse objeto]
DeRose: Aplicando samyama na luz ,adquire-se o conhecimento das coisas sutis,ocultas ou remotas.
Bhuvana jnánam suryê samyamát 3-26
Através [da pratica da] constrição no sol [adquire] o conhecimento cosmo
DeRose: Efetuando samyama sobre o Sol ,adquire- se o conhecimento do Universo.
Chandrê tárá vyúha jnánam 3-27
[Atraves da prática da constrição] na lua,[adquire]o conhecimento da disposição das estrelas.
DeRose: Praticando samyama sobre a lua ,obtem-se o conhecimento dos corpos celestes.
Dhruvê tad gati jnánam.3-28
[Através da pratica de constrição ]na Estrela Polar [adquire] o conhecimento do seu movimento.
DeRose: Aplicando samyama sobre a Estrela Polar , adiquire-se o conhecimento dos movimentos das estrelas.
Nabhí chakrê káya vyúha jñánam. 3-29
[Através da prática da constrição]"na roda do umbigo"(nabhi-chakra),adquire]o conhecimento da organização do corpo.
DeRose: Efetuando samyama sobre o circulo do umbigo, obtém-se o conhecimento da constituição estrutural e funcional do corpo.
Kantha Kúpê kshut pipásá nivrttih. 3-30
[Através da pratica de constrição]no "poço da garganta"(kantha-kúpa)[obtem]o fim da fome e da sede.
Comentário da Sylvia : "poço da garganta", pode ser entendido como parte concava abaixo do vishúddha chakra
DeRose: Praticando samyama sobre a cavidade da garganta consegue-se a cessação da fome e da sede.
Kúrma nadyám sthairyam 3 - 31
[Através da prática de constrição]no "duto da tartaruga"(Kúrma nadí), o yogin adquire a estabilidade
DeRose: Aplicando samyama sobre o kurma nadí(canal kúrma),consegue a estabilidade do corpo.
Comentário: Segundo Yoga Bháshya o" duto da tartaruga" é uma estrutura tubular situada no peito logo abaixo do "poço da garganta".Pode ser um dos vários canais de força vital que constituem o corpo sutil.
Murdha jyôtishi siddha darshanam. 3-32
[Através da prática da constrição ] na luz da cabeça,[ele adquire]a visão dos adeptos(siddhas).
DeRose: Mediante samyama sobre a luz que envolve a cabeça,adquire a visão paranormal.
Prátibhád vá sarvam. 3-33
Ou senão, através do fulgor da iluminação (pratibha),[o yogin adquire o conhecimento de]todas as coisas.
DeRose: mediante samyama sobre intuição,consegue se todo tipo de conhecimento
hrday chitta samvit 3 -34
[Através da prática de constrição]no coração[adquire] a compreensão da [Natureza da]consciência
DeRose: praticando samyama sobre coração ,obtém se o conhecimento de chitta(consciência) .
Sattwa púrushayôr atyantásamkirnayôh pratyay vishêshôbhôgah parárthat vát swártha samyamát Púrusha jñánam. 3 - 35
A experiência passiva (bhoga)é uma idéia [baseada na]não distinção entre o Si- Mesmo absolutamente sem mistura e o sattwa.Através da [prática da] constrição na finalidade essencial[do SiMesmo,que se distingue da] altero-finalidade(para-arthatwa)[daNatureza],[o yogin adquire ]o conhecimento de Si-Mesmo.
DeRose: A falta da discriminação entre sattwa e Purusha leva a confundi-los, conquanto serjam inteiramente distintos um do outro:aplicando samyama sobre essa distinção, alcança-se o conhecimento do Púrusha.
Tatah prátibha shrávana vêdanádarsháswáda vártá jáyantê 3-36
Disso decorrem fulgores de iluminação(prátibha)[nos campos sensoriais ]da audição,do tato, da visão, do paladar e do olfato.
DeRose: Então, começa-se a adquirir percepções paranormais através da intuição
Tê samádháv upasargá vyutthánê sáddhayah 3-37
Estes são os obstáculos ao extasie,[mas são]realizações no [estado]exteriorizado [de consciência]
DeRose: Esses poderes são obstáculos para alcançar o samádhi, embora são perfeiçoes no conceito profano.
Bandha kárana shaithilyát prachára samvêdanách cha chittasya parasharírávêshah 3-38
Através da mitigação das causas do apego[ ao próprio corpo], e através da experiência de ir além da consciencia[ torna-se capaz de ] entrar em outro corpo.
DeRose: Eliminando a causa da ligadura,chitta pode entrar em outros veículos mediante o conhecimento dos meios.
Udána jayáj jala panka kantakádishw asanga utkrántish cha . 3-39
Através do domínio da respiração ascendente(údana),[o yogin adquire o poder de ] não aderir à agua,à lama ,aos espinhos, e [o poder de ]elevar-se acima[dessas coisas]
DeRose:Mediante o controle da bioenergia denominada udána , consegue-se deslocar com leveza sobre as águas ,sobre os pântanos, sobre os espinhos.
Comentário : Desde muito cedo,os Yogins descobriram que a força vital(prana) que manifesta na respiração, tem vários aspéctos.Cada um deles,quando plenamente dominado,é fonte de um poder paranormal diferente.
Samána jayáj jwalanam. 3-40
Através do domínio da respiração média(samána),[adquire] o brilho
DeRose: Mediante o controle da bioenergia denominada samána, o yogin torna-se irradiante.
Shrôtrákáshayôh sambandha samyamád divyam shrôtram. 3-41
Através da [ prática da] constrição na relação entre o ouvido e o espaço (ákasha) ,[adquire] a "audição divina"
DeRose : Praticando samyama na relação entre o Akásha e a audição,desenvolve-se a audição paranormal.
Comentário: O espaço, concebido como um meio etérico e radiante,é um dos cinco elementos da dimensão material da Natureza
Káyakáshayôh sambanda samyamállaghu túla samápattêsh chákásha gamanam 3 - 42
Através da [ prática da] constrição na relação entre o corpo e o espaço , e mediante à consciência[da sua consciencia]com [objetosleves, como algodão,[o yogin adquire o poder de]viajar pelo espaço
DeRose:Efetuando samyama na relação entre o Akasha e o corpo, identificando com as coisas que tenham a leveza do algodão, adquire-se a habilidade de deslocar-se pelo espaço.
Comentário: Identificando-se no extase com uma bolinha de algodão, o fio de uma teiade aranha,ou uma nuvem,diz se que o yogin consegue levitar.
Bahir akalpitá vrttir mahávidêhá tatah prakáshávarana kshayah. 3 -43
Uma flutuação (vrtti)externa e não-imaginária[da consciência]é o "grande incorpóreo" do qual[procede]o fim dos véus que encobrem a luz[interior]
DeRose: Efetuando samyama sobre o mahá videhá (o siddhi denominado ("grande incorpóreo") eliminam se os impedimentos à projeção da Luz.
Comentário: Ma imaginação podemos transpor as fronteiras do nosso corpo .Porem,existe também uma prática yogi pela qual a própria consciência pode sair do corpo e coletar informações acerca do mundo externo.Essa prática precede a técnica do yogin de fazer a consciência de fato entrar em outro corpo.Os comentadores Hindus insistem em que não se trata de uma experiência imaginária.
Sthulá swarúpa súkshmánvayárthavattwa samyamád bhúta jayah 3 - 44
Através da prática de constrição no grosseiro,na forma essencial ,no sutil,na interligação e na finalidade[dos objetos],[o yogin adquire]o domínio sobre os elementos.
DeRose: Aplicando samyama sobre os elementos(bhúta)em seu estado denso (sthúla),essencial(swarupa),sutil(súkshuma),penetrante(anvaya)e funcional(arthavattwa), estes podem ser controlados pelo yôgi.
Tatônimádi prádurbhávah káya sampat tad dharma anabhighátash cha. 3-45
Daí[resulta] a manifestação[dos grandes poderes paranormais],como a "atomização"(animan),etc. a perfeição do corpo e a indestrutibilidade dos seus componentes.
DeRose: Desse poder de controlar os elementos , provem animam(o siddhi que permite reduzir suas percepções e dimensões infinitesimais) e os outros poderes,tais como a perfeição do corpo e tambem a não obstrução das suas funções.
Rúpa lávanya bala vajra samhanana twáni káya sampat. 3- 46
Beleza ,graçiosidade e robustezadamantina[constituem]a perfeição do corpo.
DeRose:A perfeição do corpo consiste em beleza,encanto força e a dureza do diamante.
Grahana swarúpásmitánvayárthavattwa samyamád indriya jayah. 3 -47
Através da prática de constrição no [processo de] percepção na forma essencial,na noção do eu,na interligação e na finalidade , [o yogin adquire] o domínio sobre os orgãos do sentido.
DeRose:O domínio dos orgãos dos sentidos é alcançado praticando samyama em seu poder de percepçao , natureza real ,relação com o ego e em seu propósito.
Tatô manôjavitwam vikarana bhavah pradhána jayah cha . 3-48
Daí [advém] a agilidade [semelhante à]da mente , o estado no qual não há orgãos dos sentidose o domínio sobre a matriz[da Natureza]
DeRose: Daí provém a capacidade de adquirir conhecimento instantaneo sem o uso dos sentidos , e completo controle da natureza.
Sattwa Púrushányatá khyáti mátrasya sarva bháva adhishthátrtwam sarva jnátrtwam cha. 3-49
[O yogin que goza] somente da visão da distinção entre o Si-Mesmoe o sattwa[adquire] a oniscência e a supremacia sobre todos os estados[da existência].
DeRose:Mediante a compreensão da distinção entre o sattwa e o Púrusha, obtém se a onipotência e a onisciência.
Tad vairágyád api dôsha bíja kshayê kaivalyam. 3-50
Através do desapego até mesmo por [excelsa visão], e com a evanescência das sementes dos defeitos[ela alcança] a solidão (kaivalyam)[ da pura Potencia da visão]
DeRose: Quando ocorre o desapego até a isso , produz a destruição da semente do erro e alcança se a libertação(kaivalya)
Sthány upanimantranê sanga samayá karanam punar anishta prasangát 3- 51
Ao chamado de [ seres]elevados[ele]não[deve]dar margem ao apego ou ao orgulho ,atento ao[perigo de ] uma nova e indesejada tendência[ a voltar aos níveis inferiores de existência].
DeRose: O yôgi não deve tornar-se orgulhoso pelo tratamento lisonjeiro que lhe devotarem, pois daí poderá advir uma recaída no indesejável.
Kshana tat kramayôh samuamád vivêkajam jnánam.3-52
Atraves da [pratica da] constrição no momento(kshana)[do tempo]e na sua sequência[o yogin adquire] a sabedoria que nasce do discernimento.
DeRose: Efetuando samyama sobre o momento presente e sua sucessão,obtem-se o conhecimento discernente.
Jatí lakshana dêshair anyatánavacchêdat tulyayôs tatah pratipattih. 3-53
Daí manifesta-se para ele ] a consciência da [diferença entre]coisas semelhantes que normalmente não podem ser distinguidas em virtude de uma indeterminação das distinções de espécie, aparência e posição.
DeRose:Então,percebe-se a distinção entre coisas similares ,ainda quando essa diferença não possa ser notada por clase(játi),características(lakshana) ou posição no espaço(desha)
Tárakam srva vishayam sarvathá vishayam akraman chêti vivêkajam jnánam. 3- 54
A sabedoria que nasce do discernimento é o "libertador"(táraka) e é omniobjetiva,omnitemporal e não -seqüencial
DeRose: O conhecimento nascido do discernimento é libertador e abrange simultaneamente todos os objetos em todas as variedades.
Sattwa Purushayôh shuddhí samyê kaivalyam. 3- 55
Com o alcançar da igualdade e da pureza entre o Si-Mesmo e o sattwa,[firma-se] a solidão[ da Potência da Visão]
DeRose: A libertação(kaivalyam) é alcançada quando sattwa atinge a pureza (shuddhi ) igual do Púrusha.
Fim.
Olá visitantes
Comece lendo esse blog de baixo para cima
primeiro o Sámkhya e depois os sútras de Pátañjali .
Os sútras estão primeiro na sua lingua original (sânscrito ) acompanhado das traduçôes de George Feuerstein e Mestre DeRose .Em seguida em alguns sútras comentários de George Feuerstein e comentarios meus
Espero que seja de grande utilidade para aqueles que buscam a verdade e a compreensão da sua existencia.
primeiro o Sámkhya e depois os sútras de Pátañjali .
Os sútras estão primeiro na sua lingua original (sânscrito ) acompanhado das traduçôes de George Feuerstein e Mestre DeRose .Em seguida em alguns sútras comentários de George Feuerstein e comentarios meus
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quinta-feira, abril 23, 2009
quarta-feira, abril 22, 2009
terça-feira, abril 14, 2009
Sádhana pádah (2- -55)
Tapah swádhyáyêshwara pranidhanáni Kriyá Yogah 2-1
A ascese(tápas),o estudo(swádhyáya)e a devoção ao Senhor(ishwara pránidhána)[constituem] o Yoga da ação.(KriyáYoga).
DeRose:Auto superação ,auto estudo e auto entrega constituem o Kriyá Yoga.
Comentário (Sylvia ) : Tapas ,Swádhyáyá e íshwára pranidhána são também, o alicerce no Yoga (prescrições éticas)
Comentário:Tanto a palavra kriyá quanto a palavra Karma significam "Ação",mas o Kriyá Yoga e diferente que o Karma Yoga do Bhavagad Gitá .O Karma Yoga, como já vimos, é o caminho da inação na Ação. ou da atividade ego- transcendente. O Kriyá Yoga de Pátañjali é o caminho da identificação extática com o Si-Mesmo,pela qual os ativadores subliminares(samskáras)que geram e mantém a consciência individuada vão sendo gradativamente eliminados.
Samádhi bhávanárthah klêsha tanukaranárthash cha. 2-2
Esse Yoga tem a finalidade de cultivar o êxtase e também de atenuar as causas da aflição(klesha)
DeRose: Essas observâncias também ajudam a atenuar os obstáculos para atingir o samádhi.
Comentário( Sylvia): o processo evolutivo que acontece através das técnicas doYoga estão diretamente relacionada com essas observâncias que bem trabalhadas sutilizam as aflições .
Avidyásmitá rága dvêsháabhinivêshah klêsháh. 2-3
A ignorância,a noção do eu,o apego,a aversão e a vontade de viver são as cinco causas da aflição.
DeRose: Os obstáculos são : a incultura, o egotismo,a exaltação das paixões,aversão injustificada e o excessivo apego à vida.
Comentário: As palavras que designam essas cinco origens do sofrimento ,em sânscrito são: avidya,asmitá,rága,dvesha e abhinivesha.
Avidyá kshêtram uttarêshám prasupta tanu vicchinnôdáránám. 2-4
A ignorância é o campo das outras [causas que podem estar ]
adormecidas,atenuadas,interrompidas ou ativadas.
De Rose : A incultura é o campo onde nascem os demais obstáculos,acima citados,que estejam eles adormecidos,atenuados,reprimidos ou ativos.
Comentario Sylvia a obscuridade é a causa de todas as aflições , do desespero da Humanidade que só vê o que não é para ser visto.
Anityáshuchi duhkhánátmasu nitya shuchi sukhátmakhyatir avidyá. 2-5
A ignorância consiste em ver aquilo que é eterno ,puro e jubiloso e associado ao Si-Mesmo como transitório,impuro ,doloroso e [associado ao ] não Si- Mesmo( anatmam)
DeRose: A incultura consiste em supor perenidade no perecível, pureza no impuro, felicidade na dor ,ser no não ser .
Comentário: O não Si- Mesmo (anatmam) é a personalidade egóica e o ambiente externo.
Comentario Sylvia : Avidya ( a incultura) é supor que a realidade é real ,vista , sentida e até compreendida.
Drg darshana shaktyôr êkátmatêvásmitá.2-6
A noção do eu e´como que a identificação da faculdade de ver (darshana)com aquele que vê(drik)[i.e, O Si - Mesmo.
DeRose: Egotosmo é quando se confunde o poder vetor com o poder ver.
Comentário da Sylvia : O princípio da egoidade é Buddhi(intelecto) enquanto voltado para o universo exterior, assume por intermédio das faculdades a forma cambiante das impressões das ações e dos diversos pensamentos, e permanece instável e agitada . Esse próprio movimento e processo da vida que impede o discernimento a realidade.
A discriminação e a ignorância pertence ao Buddhi que tem agora dupla função: aprisiona o ser desprovido da discriminação e o afasta do "conhecimento real" e liberta aquele que possui sabedoria discriminativa.
conhecimento real: sua própria identidade,o não Si-Mesmo,o não sou.
Sukhánushayí rágah. 2-7
O apego[ é que] repousa sobre o prazeroso.
DeRose: A paixão deriva do prazer.
Comentário da Sylvia : Paixão é o apego ao prazer
Aparigraha (desapego)é uma ética dentro do Yoga ...você compreende esse desapego durante a prática tornando o próprio momento.Um momento de compreensão real da sua existência .
Duhkhánushayí dwêshah 2- 8
A aversão [é o que ]repousa sobre o doloroso.
DeRose: A aversão deriva da dor.
Comentário da Sylvia : Ahimsa é um yama muito importante .Assimilando essa ética eliminam- se todas as hostilidades. É imprescindível trabalhar essa proscrição ética dentro do Yoga para alcançar estados de consciência( intuição linear -samádhi para conquistar a libertação (moksha ): a meta do Yoga
Swarasavahí vídhusho`pi samarúdhô bhinívêshah 2-8
A vontade de viver correndo[por sua] própria propensão(nasa),esta assim arraigada até mesmo nos sábios.
DeRose:O apego a vida é natural e está presente até no sábio .
Comentário: A vontade de viver(abhinivesha) é o impulso para existência individuada.É, como tal,uma das principais causas do sofrimento ,segundo o Yoga tem de ser transcendida.
Comentário da Sylvia : interessante que essa vontade de viver implica medo por que esta ligada a morte.Morte esta que é vista como fim .Fim do que? fim para quem acredita que o "eu faz" o "eu pensa"o " eu vê", o "eu morre...O eu individuado vive o maya (ilusão ) A Prakrtti é um grande banquete .
Tê pratiprasava hêyáh sukshmah 2-10
Essas [ causas da aflição],[em sua forma] sutil,devem ser superadas pelo [processo de]involução(pratipnasava)
DeRose: Estes obstáculos podem ser sutilizados e eliminados .
Comentário da Sylvia : O Yoga é o caminho, é o veículo para transcendência e elimina os obstáculos
Comentário: Os componentes básicos da Natureza(prakrtti)são três qualidades(guna),a saber o princípio dinâmico(rajas),o princípio inércia(tamas) e o principio luminoso(sattwa) A interação desses três princípios cria todo cosmo manifesto.A libertação é concebida como a inversão desse processo,pela qual os aspectos manifestos dos componentes primários(guna)reduzem-se de novo ao fundamento transcendente da Natureza .Esse processo leva a dominação técnica de "involução"(pratiprasava)
Dhyána hêyás tad vrttayah. 2-11
As flutuações dessas[causas de aflição]devem ser superadas pela meditação(dhyána)
DeRose: A meditação elimina tais vrttis.
Klêsha mulah Karmáashayô drshtádrshta janmavêdaníyáh. 2-12
A s causas dessa aflição são a raiz do" depósito de ação" ,e [este]pode se manifestar no nascimento visível[i.e nessa vida]ou num invisível[i.e.numa existência futura]
DeRose: O karma tem suas raízes nos obstáculos e é experimentado tanto no nascimento objetivo quanto no subjetivo.
Comentário: O termo técnico Karma-asharya(deposito de ação")designa a carga karmica do individuo,isto é a carga de ativadores subliminares(samskaras)que geram e definem a pessoa.
Comentário da Sylvia : o corpo sutil registra essa carga kármica e define futuras experiências.
Sati Múlê tad vipákô jatyáyúr bhogáh 2-13
[Enquanto]existe a raíz, [ colhe se] o fruto dela: o nascimento, a vida ,as sensações(bhoga) .[N.doT:em inglês experience. A palavra sãnscrita bhoga é difícil a tradução.Designa o ato do ser que recebe,está passivo perante as ações de outros seres. As palavras "sentir" ou "sensação"
, portanto,devem,nessa acepção,ser tomadas no sentido o mais lato possível.]
DeRose : Permanecendo a existência das raízes,permanecem as conseqüências Karmicas que vão determinar tudo : o nascimento, a própria vida e as suas experiências.
Tê bláda paritápa phaláh punyápunya hêtutwát. 2-14
Essas [três coisas ]tem como resultado o prazer ou a dor , de acordo com as causas [que podem ser]meritórias ou demeritorias
DeRose: Estas produzem alegria ou dor conforme sua causa seja virtude ou vício.
Comentário da Sylvia : é importante trabalhar santôsha (contentamento ).Contentar-se com a experiência que foi nos dada e assim ,a dor desaparece ,é eliminada . Santôsha é uma prescrição muito importante .
obs: não implica a conformismo. Santôsha e ishwara pranidhana(contentamento e auto entrega) é a uma via para discriminação
Parináma tápa samskára duhkair guna vrtti virôdhách cha duhkham êva sarvam vivêkinah 2-15
Em virtude do sofrimento[inerente ]às transformações (parinâma)[da Natureza],à pressão (tapa)[da existência ]e aos ativadores(samskára)[embutido no fundo da consciência].e em virtude do conflito entre flutuações das qualidades(guna)[da Natureza - para o homem de discernimento tudo é sofrimento (duhkha)
DeRose: Para aquele que discrimina ,tudo provoca a dor , seja devido antecipação do sentimento de perda, ou a novos desejos produzidas pelos sámkáras, ou, ainda ,a conflitos entre os gunas.
Comentário: O conceito de "transformação "é decisivo para filosofia do Yoga.É o desenvolvimento da noção natural de que todas as coisas estão em constante mudança. Só o Si Mesmo transcendente é eternamente estável.Para o Yogin de discernimento(vivekin),o mundo finito,o mundo da perpétua mudança,é o mundo de sofrimento,pois a mudança acarreta a inevitável perda das coisas desejáveis e a obtençaõ das indesejáveis- acarreta portanto, a infelicidade.
Comentário da Sylvia : a infelicidade para um Yogin é um caminho de libertação .O Yogin tem o discernimento "que tudo que é, não mais é" , e tudo esta em mudança ...
Hêyam duhkham anágatam. 2-16
O que se há de superar é o sofrimento futuro.
DeRose: A dor que ainda surgiu pode ser evitada.
Drashtr drshyayôgô samyogo hêya hêtuh 2- 17
A correlação (samyoga)entre aquele que Vê[i.e,o Si Mesmo transcendente ]e o que é Visto[i.e A Natureza] é a causa do que se há de superar
DeRose: A causa dessa dor que pode ser evitada é a identificação do Vedor com o visível.
Comentário : A relação entre o S i Mesmo transcendente e o mundo ,o qual inclui a mente ,(que não é um aspecto do Si Mesmo, mas uma parte da Natureza)é bastante real no que se refere à nossa experiência imediata No entanto não é" realemnte real",pois o Si-Mesmo e a Natureza são eternamente distintos um do outro .A aparente correlação (samyoga)ou identificação errônia entre o Sujeito transcendente e o mundo objetivo que se oferece a experiênciaé devido a ignorancia espiritual(avidya)e deve ser superada.
Comentário(Sylvia) : o veiculo é ilusório , a experiência é pura ilusão que só acontece na consciência individuada e o Purusha sempre será indiferente a essa experiência ou melhor ele não reconhece a experiência , só assiste;apesar de parecer confundido pela Prakrtti.
Superar é ter discernimento da ilusão. o Yoga é o caminho , é essa superação .A dualidade desaparece junto com a ignorância da sua própria existência.
Prakásha kriyá sthiti shitam bhutêndriyátmakam bhôgápavargártham drshyam 2-18
O que é Visto [i.e,aNatureza]tem o caráter de luminosidade,atividade ou inércia;esta incorporado nos elementos e orgãos dos sentidos e suas finalidades [sao]a fruição(bhôga)ou a emancipação(apavarga).
DeRose :O visível existe para emancipação do Vedor.O visível consiste na relação dos elementos prakasha-kriyá- sthiti(luminosidade-atividade-estabiidade)com os bhútêndriya.
Comentario : A Natureza na forma da mente Humana ,tem duas tendencias.Por outro lado,é feita para a "fruição" , e implica um sujeito egóico que é polo passivo dos acontecimentos desejáveis e indesejáveis. Por outro lado,também permite processos que levam a transcendência do ego e todas as experiências.Isso se explica pela doutrina das tres qualidades (guna) ou componentes da Natureza.Enquanto as qualidades de atividade(rajas)e da inércia(tamas)tendem preservar a ilusão egóica, a predominância do fator lúcido(sattwa)cria as précondições necessárias para libertação.
Por isso Yôgin busca cultivar as condições e estados satwicos.
Vishêshavishêshalingámátrálingáni guna parváni 2-19
Os níveis dos componentes(guna)da Natureza são o Particularizado,o Não Particularizado,o Diferenciado e o Indiferenciado
DeRose :Os gunas estão presentes em tudo,em escala particular e geral ,visível e invisível.
Comentário:O corpo e a mente do Homem são uma forma particularizada da Natureza.As faculdades sensoriais(som,visão,audição, etc ) e a noção do eu(asmitá de Pátañjali)pertence ao nível não- particularizados da manifestação cósmica.Ainda mais sutil é o nível da primeira forma diferenciada a surgir no fundamento indiferenciado da Natureza.O máximo que se pode dizer dessa "forma" é que ela existe e nela predomina a qualidade sattwa.Além disso, subsiste a Consciência-Testemunha transcendente,o Si-Mesmo.
Drashtá drshimátrah shuddhô`pi pratyayánupashyah. 2 -20
Aquele que Vê,[que é]a pura [potência da ]visao,embora puro,percebe as idéias [presentes na consciência]
DeRose:O Vedor somente vê,e embora puro,experiência através da inteligência(no sentido de consciência)
Tad artha êva drshyasyátmá 2-21
O Si-Mesmo [i.e,a essência]do que é visto[i.e,A Natureza]só é em vista d Aquele [que Vê,O Si-Mesmo transcendente]
DeRose : O visível existe apenas em função do Vedor.
Comentário: Esse Aforismo reforça a idéia,apresentada acima(2-18),de que a Natureza serve a propósitos do Si Mesmo.
O mundo da Natureza pode ser usado quer para o gozo das experiências,quer para que o ser se lance para realização do Si-Mesmo,além de todos estados condicionados da existência.
Krtártham prati nashtam apy anashtam tad anya sádháranatwát. 2-22
Embora [o que É Visto]tenha deixado de existir para aquele cujo o objetivo foi realizado ,ele porem não deixou [de existir de todo],pois,[ainda é]objeto de percepção comum(sadharanatva}dos outros [que não são iluminados].
DeRose :Conquanto o visível deixe de existir pra quem tenha atingido seu objetivo ,continua existindo para os demais ,pois é comum a todos .
Swa swámi shaktyôh swarupôpalabdhi hêtuh samyogah 2-23
A correlação samyoga[entre o que Vê e o que É Visto]é a razão da apreensão da forma essencial do poder do "possuidor"(swamin) e do possuído(swa).
DeRose: A União (entre o Purusha e a Prakrti) conduz à consciêntização da Naturezada energiado possuidore da do possuido.
Tasya Hêtur avidyá 2-24
A causa dessa correlação é a ignorância.(avidya).
DeRose: A causa dessa União é a Ignorância.
Tad abhávát samyôgábhavô hánam tad drshêh kaivalyam. 2- 25
Com o desaparecimento dessa[ignorância],a correlação[também]desaparece,isto é,a cessação[total],a solidão(kaivalyam)da Pura potência da Visão.
DeRose: quando ela é eliminada tal união desaparece e o Vedor é liberado.
Vivêka khyátir aviplavá hánôpáyah. 2-26
O meio de [alcançar a] cessação é a ininterrupta visão do discernimento(Vivêka khyátir)
DeRose:O meio de destruir a ignorância é o constante discernimento.
Tasya saptadhá pránta bhumih prajña. 2-27
Para aquele[que possui a ininterrupta visão do discernimento,nasce ,no último estágio,a sabedoria (prajña )sétupla
DeRose:O conhecimento é alcançado mediante a 7 passos.
Comentário: De acordo com o Yoga-Bhasya de Vyása, os sete aspectos dessa sabedoria são os seguintes:
Através da Prática dos membros do Yoga,e com a redução das impurezas,[brilha]o fulgor da sabedoria(jnána),[que aumenta até chegar]à visão do discernimento.
DeRose : Com a prática dos diversos angas(partes) do Yoga, destroem- se as impurezas, e o conhecimento torna-se pleno de discernimento
Yama niyama ásana pránáyáma,pratyahára,dharana dhyana samádhayô`shtáv angání.2-29
A disciplina (Yama), o auto controle (Niyama), a postura(ásana), o controle da respiração(pránáyáma), o recolhimento dos sentidos (pratyáhára), a concentração( dháraná), a meditação(dhyána) e o extase(samádhi) são os 8 membros [do Yoga ].
DeRose: Proscrições e prescrições éticas,posições físicas,respiratórios,abstração dos sentidos ,concentração mental,meditação e Hiperconsciência ,são as oito partes do Yoga.
Ahimsá satyaastêya brahmácharya aparigrahá yamah 2-30
A não violencia ,a veracidade,o não roubar,a castidade e o não cobiçar são as diciplinas
DeRose:As proscrições éticas são : não agredir,não mentir,não roubar,não dissipar a sexualidade,não ser possessivo.
Comentário da Sylvia: Um sábio vê uma ética enquanto o ignorante precisa ver cinco(2-30)(2-32)
Játi dêsha Kála samayánavacchinnáh sárvabhauma mahá vratam. 2- 31
[São válidos] em todas as esferas ,independente do nascimento,lugar,tempo e circunstancia,[e constituem]o "grande voto"(máha vratta).
DeRose :Estas proscrições éticas são um grande voto,aplicável a todos os casos, e não estão limitadas por castas ,lugar ,tempo ,nem circunstâncias.
Sauchan santôsha tápáh swádhyáyêshwára pranidhánáni niyamah 2-32
A pureza,o contentamento,o ascese,o estudo e a devoção ao Senhor são formas de autoconhecimento.
DeRose: As prescrições éticas são : limpeza,alegria,auto- superação,auto-estudo e auto-entrega.
Vitarka bádhanê pratipaksha bhávanam. 2-33
Para repelir noções(vitarka)[perniciosas],[o Yogin deve dedicar-se ao] cultivo do oposto[delas]
DeRose :Quando surgirem pensamentos indesejaveis, estes podem ser vencidos convivendo se com seus opostos
Vitarká himsádayah krta karitánumôditá lobakrôdha môha púrvaká mrdu madhyádhimátrá dubkhájnánananta phalá ití pratipaksha bhávanam. 2-34
Noções[ perniciosas ],[como] a violência,etc, quer sejam praticadas de fato,quer se ordene que sejam praticadas,quer sejam[simplesmente]aprovadas;quer nasçam da cobiça,quer da ira,quer do tédio;quer sejam pequenas,medias ,quer excessivas-[sempre tem a sua] infindável consumação na ignorancia(avidyae no sofrimento(duhka); e por isso,[o yogim deve dedicar -se] a cultivar o oposto delas.
DeRose: Os pensamentos indesejáveis ,assim como os de agressão, quer sejam cometidos,permitidos ou causados pela avareza,cólera ou engano, que sejam moderados,médios ou grandes,são frutos da ignorância e sempre terminam em sofrimento.Por isso é necessário convivermos com seus opostos
Ahimsá pratishtháyam tat sammidhau vaira tyágah 2-35
Quando o Yogin se firma na[ virtude da] não violencia (ahimsá),[toda]discórdia se acaba na sua presença
DeRose: quando se vivência a não agressão , a Hostilidade desaparece em nossa presença.
Satya pratishtháyám kriyá phaláshrayatwam. 2-36
Quando se firma na veracidade (satya), a ação [ e sua]fruição passam a depender [da sua vontade]
DeRose: Quando se faz uso estrito da verdade,obtém-se resultados,mesmo sem tomar nenhuma atitude concreta.
Astêya pratishtháyám sarva ratnôpasthanam. 2-37
Quando o Yogin se firma no não roubar(astêya),todos os tesouros surgem [à frente dele]
DeRose: Quando se observa a honestidade ,toda riqueza é atraída.
Brahmácharya pratishtháyám vírya lábhah. 2-38
Quando se firma na castidade brahmácharya ,adquire [grande]vitalidade.
DeRose :Quando se observa a não dissipação da sexualidade,obtém-se uma grande potência.
Aparigraha sthairyê janma kathamtá sambôdhah 2-39
quando se firma no não cobiçar(aparigraha)[o yogin obtém]o conhecimento de onde se verificaram os [seus]nascimentos.
DeRose: quando se observa a não possessividade ,compreende-se o sentido da vida.
Sauchát swánga jugupsá parair asamsargah. 2-40
Através da pureza(sauchan),[obtém] o distanciamento(jugupsá) em relação a seus próprios membros[e adquire também o desejo de ] não ser contaminodo pelos outros.
DeRose: Quando se observa a limpeza do próprio corpo,ocorre a aversão pelo contato físico com outros que não a observem.
Sattwashuddhi saumanasyaikágryêndrya jayátmadarshana yôgyatwáni cha.2-41
obtém alem disso], a pureza da [qualidade]sattwa[do seu ser],a gratidão, a concentração, o domínio dos orgãos dos sentidos e a capacidade de ver o Si-Mesmo
DeRose: com a purificação,advém a clareza mental,o poder de concentração, o dominio dos sentidos e a aptidão para perceber o Si-Mesmo.
Santôshád anuttamah sukha labhah 2-42
Através do contentamento (santôsha) obtém-se uma alegria inigualável.
DeRose:A observância da alegria constante conduz a superlativa felicidade.
káyêndrya siddhir ashuddhi kshayát tápasah 2-43
Através da ascese(tapas), e me virtude da diminuição da impureza ,[alcança-se] a perfeição do corpo e dos orgãos dos sentidos
DeRose: A auto-superação produz a destruição das impurezas , o que conduz ao aperfeiçoamento da sensibilidade corporal.
Swádhyáyád ishta dêvatá samprayôgah - 2-44
Através do auto-estudo(swádhyáya),o yogin estabelece] contato com a divindade da sua eleição(ishwára-dêvata)
DeRose: O auto-estudo predispõe ao contato com as potestades propiciatórias.
Comentário: Muitas escolas de Yoga encorajam o praticante a cultivar um relacionamento ritual com a Divindade sob forma de vishno,shiva,krishna ,kali ou alguma outra personagem tradicional ,que se torna então a divindade escolhida pelo Yogin.
Samádhi siddhir íshwara pranidhánát 2-45
Atraves da devoção ao Senhor (ishwára pranidhána)[sobrevém]a obtenção do extase[sura consciênte]
DeRose: Pela auto entrega advém o aperfeiçoamento da hiperconsciência.
sthira sukhan ásanam 2-46
A postura(ásana )deve ser firme e confortável.
DeRose: A posição física deve ser firme e confortável.
Prayatna shaithilyánamta samápattibhyám. 2-47
[A prática correta da postura é marcada]pelo relaxamento das tensões e a coincidencia da [ consciência]com o infinito.
DeRose:Ela é dominada quando se elimina a tensão e medita-se no infinito.
Tatô dwand wánabhigjátad 2-48
Daí vem a imunidade aos opostos (dwadwa)[encontrados na Natureza como o calor e o frio]
DeRose: Como conseqüência a dualidade cessa.
Tasmin sati shwása prashwásayôr gatí vicchêdah pránáyámah. 2-49
Quando isso é [alcançado].[deve-sepraticar]o controle da respiração,[que é ] a interrupção do fluxo da inalação e exalação.
DeRose: Isso é obtido,o passo seguinte é pránáyáma que consiste em controlar o processo de inspirar (shwása) e expirar (prashwása)
Báhyábhyantara stambha vrttir dêshakála samkhyábhih paradrshtó dirghasúkshmah. 2- 50
Quanto ao seu movimento,[o controleda respiração é]externo,internoou [fixo][e é],regulado pelo lugar,pelo tempo,pelo numero;[pode ser] dilatado ou contraído].
DeRose :As modificações da repiração compreende:
1-a respiração externa (bahya),interna (abhyantara),ou retida(stambha)
2-estão reguladas pelo comprimento do alento(dêsha),tempo(kála)e numero (samkhya)de respirações
3-e o exercício poder ser de longa(dírgha)ou curta(súkshma)duração.
Bábyábhyantara vishayákshêpí chaturthah 2 -51
O [movimento da respiração]que transcende a esfera externa e interna é o "quarto".
DeRose:O quarto tipo de pránáyáma está além da inspiração e expiraçao
Comentario: Esse obscuro aforismo deu margem a interpretações diversas.Provavelmente refere-se a um fenômeno especial que acontece no estado de extase (samádhi).Nele, a respiração pode ficar tão reduzida e tão sutil que não pode ser mais detectada.Esse estado de respiração suspensa pode manter-se por longos períodos.
Tatah koshíyatê prakáshávaranam 2 52
Então desaparece o véu que encobre a Luz (interior)
DeRose: Com isso,desvenda-se a Lucidez.
Dháranású cha yogyatá manasah 2-53
Eo[yogin adquire ]aptidão mental para concentração.
DeRose : E a mente torna-se mais apta para concentração(dháraná)
Swa vishayásamprayôgê chittasaya swarúpánukára jvêndriyánám pratyáhárah 2-54
O recolhimento dos sentidos é como que a imitação da forma essencial da constancia [por parte] dos orgãos dos sentidos ,que são separados dos seus objetos.
DeRose:Quando os sentidos já não estão em contato cpm seus objetos e assumem a própria natureza de chitta, isto é pratyáhára.
Tatah paramá vashyatêndriyánám. 2- 55
Daí [resulta] a suprema obediência dos orgãos dos sentidos.
DeRose: Com isso, obtem-se total controle dos sentidos.
A ascese(tápas),o estudo(swádhyáya)e a devoção ao Senhor(ishwara pránidhána)[constituem] o Yoga da ação.(KriyáYoga).
DeRose:Auto superação ,auto estudo e auto entrega constituem o Kriyá Yoga.
Comentário (Sylvia ) : Tapas ,Swádhyáyá e íshwára pranidhána são também, o alicerce no Yoga (prescrições éticas)
Comentário:Tanto a palavra kriyá quanto a palavra Karma significam "Ação",mas o Kriyá Yoga e diferente que o Karma Yoga do Bhavagad Gitá .O Karma Yoga, como já vimos, é o caminho da inação na Ação. ou da atividade ego- transcendente. O Kriyá Yoga de Pátañjali é o caminho da identificação extática com o Si-Mesmo,pela qual os ativadores subliminares(samskáras)que geram e mantém a consciência individuada vão sendo gradativamente eliminados.
Samádhi bhávanárthah klêsha tanukaranárthash cha. 2-2
Esse Yoga tem a finalidade de cultivar o êxtase e também de atenuar as causas da aflição(klesha)
DeRose: Essas observâncias também ajudam a atenuar os obstáculos para atingir o samádhi.
Comentário( Sylvia): o processo evolutivo que acontece através das técnicas doYoga estão diretamente relacionada com essas observâncias que bem trabalhadas sutilizam as aflições .
Avidyásmitá rága dvêsháabhinivêshah klêsháh. 2-3
A ignorância,a noção do eu,o apego,a aversão e a vontade de viver são as cinco causas da aflição.
DeRose: Os obstáculos são : a incultura, o egotismo,a exaltação das paixões,aversão injustificada e o excessivo apego à vida.
Comentário: As palavras que designam essas cinco origens do sofrimento ,em sânscrito são: avidya,asmitá,rága,dvesha e abhinivesha.
Avidyá kshêtram uttarêshám prasupta tanu vicchinnôdáránám. 2-4
A ignorância é o campo das outras [causas que podem estar ]
adormecidas,atenuadas,interrompidas ou ativadas.
De Rose : A incultura é o campo onde nascem os demais obstáculos,acima citados,que estejam eles adormecidos,atenuados,reprimidos ou ativos.
Comentario Sylvia a obscuridade é a causa de todas as aflições , do desespero da Humanidade que só vê o que não é para ser visto.
Anityáshuchi duhkhánátmasu nitya shuchi sukhátmakhyatir avidyá. 2-5
A ignorância consiste em ver aquilo que é eterno ,puro e jubiloso e associado ao Si-Mesmo como transitório,impuro ,doloroso e [associado ao ] não Si- Mesmo( anatmam)
DeRose: A incultura consiste em supor perenidade no perecível, pureza no impuro, felicidade na dor ,ser no não ser .
Comentário: O não Si- Mesmo (anatmam) é a personalidade egóica e o ambiente externo.
Comentario Sylvia : Avidya ( a incultura) é supor que a realidade é real ,vista , sentida e até compreendida.
Drg darshana shaktyôr êkátmatêvásmitá.2-6
A noção do eu e´como que a identificação da faculdade de ver (darshana)com aquele que vê(drik)[i.e, O Si - Mesmo.
DeRose: Egotosmo é quando se confunde o poder vetor com o poder ver.
Comentário da Sylvia : O princípio da egoidade é Buddhi(intelecto) enquanto voltado para o universo exterior, assume por intermédio das faculdades a forma cambiante das impressões das ações e dos diversos pensamentos, e permanece instável e agitada . Esse próprio movimento e processo da vida que impede o discernimento a realidade.
A discriminação e a ignorância pertence ao Buddhi que tem agora dupla função: aprisiona o ser desprovido da discriminação e o afasta do "conhecimento real" e liberta aquele que possui sabedoria discriminativa.
conhecimento real: sua própria identidade,o não Si-Mesmo,o não sou.
Sukhánushayí rágah. 2-7
O apego[ é que] repousa sobre o prazeroso.
DeRose: A paixão deriva do prazer.
Comentário da Sylvia : Paixão é o apego ao prazer
Aparigraha (desapego)é uma ética dentro do Yoga ...você compreende esse desapego durante a prática tornando o próprio momento.Um momento de compreensão real da sua existência .
Duhkhánushayí dwêshah 2- 8
A aversão [é o que ]repousa sobre o doloroso.
DeRose: A aversão deriva da dor.
Comentário da Sylvia : Ahimsa é um yama muito importante .Assimilando essa ética eliminam- se todas as hostilidades. É imprescindível trabalhar essa proscrição ética dentro do Yoga para alcançar estados de consciência( intuição linear -samádhi para conquistar a libertação (moksha ): a meta do Yoga
Swarasavahí vídhusho`pi samarúdhô bhinívêshah 2-8
A vontade de viver correndo[por sua] própria propensão(nasa),esta assim arraigada até mesmo nos sábios.
DeRose:O apego a vida é natural e está presente até no sábio .
Comentário: A vontade de viver(abhinivesha) é o impulso para existência individuada.É, como tal,uma das principais causas do sofrimento ,segundo o Yoga tem de ser transcendida.
Comentário da Sylvia : interessante que essa vontade de viver implica medo por que esta ligada a morte.Morte esta que é vista como fim .Fim do que? fim para quem acredita que o "eu faz" o "eu pensa"o " eu vê", o "eu morre...O eu individuado vive o maya (ilusão ) A Prakrtti é um grande banquete .
Tê pratiprasava hêyáh sukshmah 2-10
Essas [ causas da aflição],[em sua forma] sutil,devem ser superadas pelo [processo de]involução(pratipnasava)
DeRose: Estes obstáculos podem ser sutilizados e eliminados .
Comentário da Sylvia : O Yoga é o caminho, é o veículo para transcendência e elimina os obstáculos
Comentário: Os componentes básicos da Natureza(prakrtti)são três qualidades(guna),a saber o princípio dinâmico(rajas),o princípio inércia(tamas) e o principio luminoso(sattwa) A interação desses três princípios cria todo cosmo manifesto.A libertação é concebida como a inversão desse processo,pela qual os aspectos manifestos dos componentes primários(guna)reduzem-se de novo ao fundamento transcendente da Natureza .Esse processo leva a dominação técnica de "involução"(pratiprasava)
Dhyána hêyás tad vrttayah. 2-11
As flutuações dessas[causas de aflição]devem ser superadas pela meditação(dhyána)
DeRose: A meditação elimina tais vrttis.
Klêsha mulah Karmáashayô drshtádrshta janmavêdaníyáh. 2-12
A s causas dessa aflição são a raiz do" depósito de ação" ,e [este]pode se manifestar no nascimento visível[i.e nessa vida]ou num invisível[i.e.numa existência futura]
DeRose: O karma tem suas raízes nos obstáculos e é experimentado tanto no nascimento objetivo quanto no subjetivo.
Comentário: O termo técnico Karma-asharya(deposito de ação")designa a carga karmica do individuo,isto é a carga de ativadores subliminares(samskaras)que geram e definem a pessoa.
Comentário da Sylvia : o corpo sutil registra essa carga kármica e define futuras experiências.
Sati Múlê tad vipákô jatyáyúr bhogáh 2-13
[Enquanto]existe a raíz, [ colhe se] o fruto dela: o nascimento, a vida ,as sensações(bhoga) .[N.doT:em inglês experience. A palavra sãnscrita bhoga é difícil a tradução.Designa o ato do ser que recebe,está passivo perante as ações de outros seres. As palavras "sentir" ou "sensação"
, portanto,devem,nessa acepção,ser tomadas no sentido o mais lato possível.]
DeRose : Permanecendo a existência das raízes,permanecem as conseqüências Karmicas que vão determinar tudo : o nascimento, a própria vida e as suas experiências.
Tê bláda paritápa phaláh punyápunya hêtutwát. 2-14
Essas [três coisas ]tem como resultado o prazer ou a dor , de acordo com as causas [que podem ser]meritórias ou demeritorias
DeRose: Estas produzem alegria ou dor conforme sua causa seja virtude ou vício.
Comentário da Sylvia : é importante trabalhar santôsha (contentamento ).Contentar-se com a experiência que foi nos dada e assim ,a dor desaparece ,é eliminada . Santôsha é uma prescrição muito importante .
obs: não implica a conformismo. Santôsha e ishwara pranidhana(contentamento e auto entrega) é a uma via para discriminação
Parináma tápa samskára duhkair guna vrtti virôdhách cha duhkham êva sarvam vivêkinah 2-15
Em virtude do sofrimento[inerente ]às transformações (parinâma)[da Natureza],à pressão (tapa)[da existência ]e aos ativadores(samskára)[embutido no fundo da consciência].e em virtude do conflito entre flutuações das qualidades(guna)[da Natureza - para o homem de discernimento tudo é sofrimento (duhkha)
DeRose: Para aquele que discrimina ,tudo provoca a dor , seja devido antecipação do sentimento de perda, ou a novos desejos produzidas pelos sámkáras, ou, ainda ,a conflitos entre os gunas.
Comentário: O conceito de "transformação "é decisivo para filosofia do Yoga.É o desenvolvimento da noção natural de que todas as coisas estão em constante mudança. Só o Si Mesmo transcendente é eternamente estável.Para o Yogin de discernimento(vivekin),o mundo finito,o mundo da perpétua mudança,é o mundo de sofrimento,pois a mudança acarreta a inevitável perda das coisas desejáveis e a obtençaõ das indesejáveis- acarreta portanto, a infelicidade.
Comentário da Sylvia : a infelicidade para um Yogin é um caminho de libertação .O Yogin tem o discernimento "que tudo que é, não mais é" , e tudo esta em mudança ...
Hêyam duhkham anágatam. 2-16
O que se há de superar é o sofrimento futuro.
DeRose: A dor que ainda surgiu pode ser evitada.
Drashtr drshyayôgô samyogo hêya hêtuh 2- 17
A correlação (samyoga)entre aquele que Vê[i.e,o Si Mesmo transcendente ]e o que é Visto[i.e A Natureza] é a causa do que se há de superar
DeRose: A causa dessa dor que pode ser evitada é a identificação do Vedor com o visível.
Comentário : A relação entre o S i Mesmo transcendente e o mundo ,o qual inclui a mente ,(que não é um aspecto do Si Mesmo, mas uma parte da Natureza)é bastante real no que se refere à nossa experiência imediata No entanto não é" realemnte real",pois o Si-Mesmo e a Natureza são eternamente distintos um do outro .A aparente correlação (samyoga)ou identificação errônia entre o Sujeito transcendente e o mundo objetivo que se oferece a experiênciaé devido a ignorancia espiritual(avidya)e deve ser superada.
Comentário(Sylvia) : o veiculo é ilusório , a experiência é pura ilusão que só acontece na consciência individuada e o Purusha sempre será indiferente a essa experiência ou melhor ele não reconhece a experiência , só assiste;apesar de parecer confundido pela Prakrtti.
Superar é ter discernimento da ilusão. o Yoga é o caminho , é essa superação .A dualidade desaparece junto com a ignorância da sua própria existência.
Prakásha kriyá sthiti shitam bhutêndriyátmakam bhôgápavargártham drshyam 2-18
O que é Visto [i.e,aNatureza]tem o caráter de luminosidade,atividade ou inércia;esta incorporado nos elementos e orgãos dos sentidos e suas finalidades [sao]a fruição(bhôga)ou a emancipação(apavarga).
DeRose :O visível existe para emancipação do Vedor.O visível consiste na relação dos elementos prakasha-kriyá- sthiti(luminosidade-atividade-estabiidade)com os bhútêndriya.
Comentario : A Natureza na forma da mente Humana ,tem duas tendencias.Por outro lado,é feita para a "fruição" , e implica um sujeito egóico que é polo passivo dos acontecimentos desejáveis e indesejáveis. Por outro lado,também permite processos que levam a transcendência do ego e todas as experiências.Isso se explica pela doutrina das tres qualidades (guna) ou componentes da Natureza.Enquanto as qualidades de atividade(rajas)e da inércia(tamas)tendem preservar a ilusão egóica, a predominância do fator lúcido(sattwa)cria as précondições necessárias para libertação.
Por isso Yôgin busca cultivar as condições e estados satwicos.
Vishêshavishêshalingámátrálingáni guna parváni 2-19
Os níveis dos componentes(guna)da Natureza são o Particularizado,o Não Particularizado,o Diferenciado e o Indiferenciado
DeRose :Os gunas estão presentes em tudo,em escala particular e geral ,visível e invisível.
Comentário:O corpo e a mente do Homem são uma forma particularizada da Natureza.As faculdades sensoriais(som,visão,audição, etc ) e a noção do eu(asmitá de Pátañjali)pertence ao nível não- particularizados da manifestação cósmica.Ainda mais sutil é o nível da primeira forma diferenciada a surgir no fundamento indiferenciado da Natureza.O máximo que se pode dizer dessa "forma" é que ela existe e nela predomina a qualidade sattwa.Além disso, subsiste a Consciência-Testemunha transcendente,o Si-Mesmo.
Drashtá drshimátrah shuddhô`pi pratyayánupashyah. 2 -20
Aquele que Vê,[que é]a pura [potência da ]visao,embora puro,percebe as idéias [presentes na consciência]
DeRose:O Vedor somente vê,e embora puro,experiência através da inteligência(no sentido de consciência)
Tad artha êva drshyasyátmá 2-21
O Si-Mesmo [i.e,a essência]do que é visto[i.e,A Natureza]só é em vista d Aquele [que Vê,O Si-Mesmo transcendente]
DeRose : O visível existe apenas em função do Vedor.
Comentário: Esse Aforismo reforça a idéia,apresentada acima(2-18),de que a Natureza serve a propósitos do Si Mesmo.
O mundo da Natureza pode ser usado quer para o gozo das experiências,quer para que o ser se lance para realização do Si-Mesmo,além de todos estados condicionados da existência.
Krtártham prati nashtam apy anashtam tad anya sádháranatwát. 2-22
Embora [o que É Visto]tenha deixado de existir para aquele cujo o objetivo foi realizado ,ele porem não deixou [de existir de todo],pois,[ainda é]objeto de percepção comum(sadharanatva}dos outros [que não são iluminados].
DeRose :Conquanto o visível deixe de existir pra quem tenha atingido seu objetivo ,continua existindo para os demais ,pois é comum a todos .
Swa swámi shaktyôh swarupôpalabdhi hêtuh samyogah 2-23
A correlação samyoga[entre o que Vê e o que É Visto]é a razão da apreensão da forma essencial do poder do "possuidor"(swamin) e do possuído(swa).
DeRose: A União (entre o Purusha e a Prakrti) conduz à consciêntização da Naturezada energiado possuidore da do possuido.
Tasya Hêtur avidyá 2-24
A causa dessa correlação é a ignorância.(avidya).
DeRose: A causa dessa União é a Ignorância.
Tad abhávát samyôgábhavô hánam tad drshêh kaivalyam. 2- 25
Com o desaparecimento dessa[ignorância],a correlação[também]desaparece,isto é,a cessação[total],a solidão(kaivalyam)da Pura potência da Visão.
DeRose: quando ela é eliminada tal união desaparece e o Vedor é liberado.
Vivêka khyátir aviplavá hánôpáyah. 2-26
O meio de [alcançar a] cessação é a ininterrupta visão do discernimento(Vivêka khyátir)
DeRose:O meio de destruir a ignorância é o constante discernimento.
Tasya saptadhá pránta bhumih prajña. 2-27
Para aquele[que possui a ininterrupta visão do discernimento,nasce ,no último estágio,a sabedoria (prajña )sétupla
DeRose:O conhecimento é alcançado mediante a 7 passos.
Comentário: De acordo com o Yoga-Bhasya de Vyása, os sete aspectos dessa sabedoria são os seguintes:
- aquilo que deve ser evitado,isto é,o sofrimento futuro ,já foi devidamente identificado
- as causas do sofrimento já foram eliminadas de uma vez por todas
- através do "extase da contenção"(nirôdha-samádhi),chegou se por fim à absoluta cessação de todos os conteúdos da consciência.
- o meio de cessação,isto é,a visão do discernimento,já foi devidamente aplicado
- alcançou se a sabedoria do intelecto incriado(buddhi)
- as qualidades(guna)perderam todos os seus pontos de apoio e,"como rochas que se despencam montanhas abaixo",tendem à dissolução(,pralaya),isto é , à plena reabsorção no fundamento transcendente da Natureza
- o Si-Mesmo subsiste em sua natureza essencial,imaculado e sozinho (Kaivalyam)
Através da Prática dos membros do Yoga,e com a redução das impurezas,[brilha]o fulgor da sabedoria(jnána),[que aumenta até chegar]à visão do discernimento.
DeRose : Com a prática dos diversos angas(partes) do Yoga, destroem- se as impurezas, e o conhecimento torna-se pleno de discernimento
Yama niyama ásana pránáyáma,pratyahára,dharana dhyana samádhayô`shtáv angání.2-29
A disciplina (Yama), o auto controle (Niyama), a postura(ásana), o controle da respiração(pránáyáma), o recolhimento dos sentidos (pratyáhára), a concentração( dháraná), a meditação(dhyána) e o extase(samádhi) são os 8 membros [do Yoga ].
DeRose: Proscrições e prescrições éticas,posições físicas,respiratórios,abstração dos sentidos ,concentração mental,meditação e Hiperconsciência ,são as oito partes do Yoga.
Ahimsá satyaastêya brahmácharya aparigrahá yamah 2-30
A não violencia ,a veracidade,o não roubar,a castidade e o não cobiçar são as diciplinas
DeRose:As proscrições éticas são : não agredir,não mentir,não roubar,não dissipar a sexualidade,não ser possessivo.
Comentário da Sylvia: Um sábio vê uma ética enquanto o ignorante precisa ver cinco(2-30)(2-32)
Játi dêsha Kála samayánavacchinnáh sárvabhauma mahá vratam. 2- 31
[São válidos] em todas as esferas ,independente do nascimento,lugar,tempo e circunstancia,[e constituem]o "grande voto"(máha vratta).
DeRose :Estas proscrições éticas são um grande voto,aplicável a todos os casos, e não estão limitadas por castas ,lugar ,tempo ,nem circunstâncias.
Sauchan santôsha tápáh swádhyáyêshwára pranidhánáni niyamah 2-32
A pureza,o contentamento,o ascese,o estudo e a devoção ao Senhor são formas de autoconhecimento.
DeRose: As prescrições éticas são : limpeza,alegria,auto- superação,auto-estudo e auto-entrega.
Vitarka bádhanê pratipaksha bhávanam. 2-33
Para repelir noções(vitarka)[perniciosas],[o Yogin deve dedicar-se ao] cultivo do oposto[delas]
DeRose :Quando surgirem pensamentos indesejaveis, estes podem ser vencidos convivendo se com seus opostos
Vitarká himsádayah krta karitánumôditá lobakrôdha môha púrvaká mrdu madhyádhimátrá dubkhájnánananta phalá ití pratipaksha bhávanam. 2-34
Noções[ perniciosas ],[como] a violência,etc, quer sejam praticadas de fato,quer se ordene que sejam praticadas,quer sejam[simplesmente]aprovadas;quer nasçam da cobiça,quer da ira,quer do tédio;quer sejam pequenas,medias ,quer excessivas-[sempre tem a sua] infindável consumação na ignorancia(avidyae no sofrimento(duhka); e por isso,[o yogim deve dedicar -se] a cultivar o oposto delas.
DeRose: Os pensamentos indesejáveis ,assim como os de agressão, quer sejam cometidos,permitidos ou causados pela avareza,cólera ou engano, que sejam moderados,médios ou grandes,são frutos da ignorância e sempre terminam em sofrimento.Por isso é necessário convivermos com seus opostos
Ahimsá pratishtháyam tat sammidhau vaira tyágah 2-35
Quando o Yogin se firma na[ virtude da] não violencia (ahimsá),[toda]discórdia se acaba na sua presença
DeRose: quando se vivência a não agressão , a Hostilidade desaparece em nossa presença.
Satya pratishtháyám kriyá phaláshrayatwam. 2-36
Quando se firma na veracidade (satya), a ação [ e sua]fruição passam a depender [da sua vontade]
DeRose: Quando se faz uso estrito da verdade,obtém-se resultados,mesmo sem tomar nenhuma atitude concreta.
Astêya pratishtháyám sarva ratnôpasthanam. 2-37
Quando o Yogin se firma no não roubar(astêya),todos os tesouros surgem [à frente dele]
DeRose: Quando se observa a honestidade ,toda riqueza é atraída.
Brahmácharya pratishtháyám vírya lábhah. 2-38
Quando se firma na castidade brahmácharya ,adquire [grande]vitalidade.
DeRose :Quando se observa a não dissipação da sexualidade,obtém-se uma grande potência.
Aparigraha sthairyê janma kathamtá sambôdhah 2-39
quando se firma no não cobiçar(aparigraha)[o yogin obtém]o conhecimento de onde se verificaram os [seus]nascimentos.
DeRose: quando se observa a não possessividade ,compreende-se o sentido da vida.
Sauchát swánga jugupsá parair asamsargah. 2-40
Através da pureza(sauchan),[obtém] o distanciamento(jugupsá) em relação a seus próprios membros[e adquire também o desejo de ] não ser contaminodo pelos outros.
DeRose: Quando se observa a limpeza do próprio corpo,ocorre a aversão pelo contato físico com outros que não a observem.
Sattwashuddhi saumanasyaikágryêndrya jayátmadarshana yôgyatwáni cha.2-41
obtém alem disso], a pureza da [qualidade]sattwa[do seu ser],a gratidão, a concentração, o domínio dos orgãos dos sentidos e a capacidade de ver o Si-Mesmo
DeRose: com a purificação,advém a clareza mental,o poder de concentração, o dominio dos sentidos e a aptidão para perceber o Si-Mesmo.
Santôshád anuttamah sukha labhah 2-42
Através do contentamento (santôsha) obtém-se uma alegria inigualável.
DeRose:A observância da alegria constante conduz a superlativa felicidade.
káyêndrya siddhir ashuddhi kshayát tápasah 2-43
Através da ascese(tapas), e me virtude da diminuição da impureza ,[alcança-se] a perfeição do corpo e dos orgãos dos sentidos
DeRose: A auto-superação produz a destruição das impurezas , o que conduz ao aperfeiçoamento da sensibilidade corporal.
Swádhyáyád ishta dêvatá samprayôgah - 2-44
Através do auto-estudo(swádhyáya),o yogin estabelece] contato com a divindade da sua eleição(ishwára-dêvata)
DeRose: O auto-estudo predispõe ao contato com as potestades propiciatórias.
Comentário: Muitas escolas de Yoga encorajam o praticante a cultivar um relacionamento ritual com a Divindade sob forma de vishno,shiva,krishna ,kali ou alguma outra personagem tradicional ,que se torna então a divindade escolhida pelo Yogin.
Samádhi siddhir íshwara pranidhánát 2-45
Atraves da devoção ao Senhor (ishwára pranidhána)[sobrevém]a obtenção do extase[sura consciênte]
DeRose: Pela auto entrega advém o aperfeiçoamento da hiperconsciência.
sthira sukhan ásanam 2-46
A postura(ásana )deve ser firme e confortável.
DeRose: A posição física deve ser firme e confortável.
Prayatna shaithilyánamta samápattibhyám. 2-47
[A prática correta da postura é marcada]pelo relaxamento das tensões e a coincidencia da [ consciência]com o infinito.
DeRose:Ela é dominada quando se elimina a tensão e medita-se no infinito.
Tatô dwand wánabhigjátad 2-48
Daí vem a imunidade aos opostos (dwadwa)[encontrados na Natureza como o calor e o frio]
DeRose: Como conseqüência a dualidade cessa.
Tasmin sati shwása prashwásayôr gatí vicchêdah pránáyámah. 2-49
Quando isso é [alcançado].[deve-sepraticar]o controle da respiração,[que é ] a interrupção do fluxo da inalação e exalação.
DeRose: Isso é obtido,o passo seguinte é pránáyáma que consiste em controlar o processo de inspirar (shwása) e expirar (prashwása)
Báhyábhyantara stambha vrttir dêshakála samkhyábhih paradrshtó dirghasúkshmah. 2- 50
Quanto ao seu movimento,[o controleda respiração é]externo,internoou [fixo][e é],regulado pelo lugar,pelo tempo,pelo numero;[pode ser] dilatado ou contraído].
DeRose :As modificações da repiração compreende:
1-a respiração externa (bahya),interna (abhyantara),ou retida(stambha)
2-estão reguladas pelo comprimento do alento(dêsha),tempo(kála)e numero (samkhya)de respirações
3-e o exercício poder ser de longa(dírgha)ou curta(súkshma)duração.
Bábyábhyantara vishayákshêpí chaturthah 2 -51
O [movimento da respiração]que transcende a esfera externa e interna é o "quarto".
DeRose:O quarto tipo de pránáyáma está além da inspiração e expiraçao
Comentario: Esse obscuro aforismo deu margem a interpretações diversas.Provavelmente refere-se a um fenômeno especial que acontece no estado de extase (samádhi).Nele, a respiração pode ficar tão reduzida e tão sutil que não pode ser mais detectada.Esse estado de respiração suspensa pode manter-se por longos períodos.
Tatah koshíyatê prakáshávaranam 2 52
Então desaparece o véu que encobre a Luz (interior)
DeRose: Com isso,desvenda-se a Lucidez.
Dháranású cha yogyatá manasah 2-53
Eo[yogin adquire ]aptidão mental para concentração.
DeRose : E a mente torna-se mais apta para concentração(dháraná)
Swa vishayásamprayôgê chittasaya swarúpánukára jvêndriyánám pratyáhárah 2-54
O recolhimento dos sentidos é como que a imitação da forma essencial da constancia [por parte] dos orgãos dos sentidos ,que são separados dos seus objetos.
DeRose:Quando os sentidos já não estão em contato cpm seus objetos e assumem a própria natureza de chitta, isto é pratyáhára.
Tatah paramá vashyatêndriyánám. 2- 55
Daí [resulta] a suprema obediência dos orgãos dos sentidos.
DeRose: Com isso, obtem-se total controle dos sentidos.
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