Tanto a ignorância como a discriminação pertence a Buddhi e não ao Purusha.O espirito que ,mesmo continuando eternamente idêntico e imutável parecia ter seguido o ser individual em sua escravidão,sempre permanece inabalável,inafetado,imaculado pelo bem e pelo mal.Se o Purusha apareceu como afetado ou perturbado,essa aparencia era devido ao envoltório psíquico pelo qual estava associado até o momento da libertação- como a lua que vemos refletida na agua parece agitada e deformada pelo movimento da agua,enquanto a verdadeira lua fonte de nossa visão esta imóvel.Assim a libertação é uma mudança de perspectiva.quando a verdadeira perspectiva é restabelecida nenhuma impressão dessa associação permanece sobre o EU,já que o contato não era real. Da mesma forma que um cristal permite ver uma flor vermelha por transparência,sem que ele próprio se torne vermelho,em nenhum momento o Purusha deixou de ser ele mesmo.
Assim o Buddhi pelo desenvolvimento do sattwa recobra sua pureza original,que consiste em retidão,conhecimento desapego e poder e se eleva na intuição da realidade que restitui o eu a ele mesmo.Logo o Buddhi pode operar em duas direcções opostas:numa proporciona ao Purusa o gozo do universo material e mental e tem de reserva para ele uma infinidade de experiências possíveis,todas condicionadas.Na outra direção o Buddhi funciona pela libertação e a discriminação do Purusha e da Prakrtti.Essas duas orientações são as duas finalidades que o Samkhya reconhece.
Prakrtti aprisiona o ser individual desprovida da discriminação o afeta do seu conhecimento real projetando o ainda mais na identificação e na dispersão;e libera aquele que possui sabedoria discriminativa,levando ate o limiar da realização.Mesmo quando atrai o individuo deixa sempre o caminho aberto para o retorno.A possibilidade de desprender-se esta sempre presente:"A prisão não esta na natureza das coisas" operando conforme os casos como Maya ilusão ou como Buddhi alerta ,poder de obscurecimento ou de revelação.,Prakrtti e ao mesmo tempo a causa da ignorância e do conhecimento terrível ou redentora segundo a orientação do ser.Em ultima isntancia todas as atividades do Homem estão dirigidas seja ao gozo das experiências(bhoga),seja ao desapego em relação a estas(tyaga).Dentre os quatros objetivos da existência Humana distinguidos do pensamento indiano,os três primeiros: o prazer(kama),o ganho(artha)e a retidão(dharma),estão orientados dentro da primeira direção,a do Gozo, enquanto o quarto libertação(moksa),esta orientado na direção da Paz.E como o gozo e experiência são antecedentes necessários da libertação ,no qual mais cedo ou mais tarde devem desembocar,resulta que a finalidade de todo movimento e atividade é essa libertação.
É o acontecimento único em direçao a qual toda criação esta a caminho.Toda a instabilidade, insatisfação e a agitação que caracterizam o comportamento humano só chegam a um termo quando esse objetivo é cumprido.O ponto final da evolução para cada individuo é atingido quando ele realiza a natureza essencial do seu próprio Eu.Toda atividade da natureza só existe para esse desfecho.A realização do objetivo ultimo do Homem é a razão do ser ,da continuação do mundo manifestado.Desde que o Homem tenha atingido esse objetivo,o mundo manifestado se reabsorve para ele no não manifestado,na matriz primordial da qual se procedeu.mas isso somente para esse Homem,pois a outros seres encarnados (jivatmam) que ainda estão a caminho,uns atrás dos gozos terrestres,outros se esforçando se em direção ao conhecimento salvador.Para todos esses seres,o universo manifestado deve prosseguir.E sendo um numero deles indefinido,nunca sobrevirá um tempo em que não existirá um mundo manifestado objetivo,o que absolutamente não impede as dissoluções periódicas do universo,seguida de recriações em que todos os seres retornam a possessão dos seus respectivos Karman.
uma observação o" gozo" deve ser entendido num sentido mais amplo incluindo todas as formas de experiências pensar,agir,falar são gozos tanto quanto escutar, ver sentir cheirar etc....
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primeiro o Sámkhya e depois os sútras de Pátañjali .
Os sútras estão primeiro na sua lingua original (sânscrito ) acompanhado das traduçôes de George Feuerstein e Mestre DeRose .Em seguida em alguns sútras comentários de George Feuerstein e comentarios meus
Espero que seja de grande utilidade para aqueles que buscam a verdade e a compreensão da sua existencia.
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quarta-feira, janeiro 21, 2009
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