O fundamento dessa imputação de ateísmo reside provavelmente no fato de que no Ocidente a noção de Deus é inseparável da do Criador.Ora para o Samkhya,o Purusha não esta diretamente implicado na criação,se bem que a preside.A função de manifestação , de preservação,de dissolução,ao nível macrocosmico é inteiramente atribuída a Prakrti.
O Purusha permanece absolutamente transcendente,mesmo quando ligado a Prakrti e imanente ao mundo manifestado.Mas não esqueçamos os laços misteriosos que unem a Prakrti e o Purusha:posta em movimento unicamente pela sua presença,ela inaugura o movimento cosmogenico.Em todas as coisas,é pra ele que ela age.Ela desenvolve os mundos para seu prazer,e os reabsorve para sua liberação.Como uma serva desinteressada ou um amigo abnegado,ela encontra sua própria realização a serviço do Purusa.Por isso o Samkhya épico considera o Purushae a Prakrti como os dois modos de uma mesma realidade,em que um representa o aspecto estável e o outro o aspecto modificável.O Samkhya é realista ao tomar por ponto de partida a dualidade que esta na base de nosso universo manifestado.Entretanto atinge um estado que a Prakrti,como principio em evolução,não mais exista para o espírito liberado.A visão da unidade era objeto final da busca.
O"desaparecimento"da Prakrti,não explicado mas apenas ilustrado por algumas metáforas sugestivas com a dançarina que se retira ,ou da mocinha púdica que , surpreendida pelos olhares ,se esconde,recorda nos que um dos nomes da Prakriti é Maya ,a magia ou poder de ilusão.
Assim que a ilusão é reconhecida se esvanece.A Natureza é a grande sedutora que mantém todos os seres encarnados sob seu charme,sua sujeição e sua jurisdição.Quando o sujeito consciente desperta o jogo cósmico esvanece.
A Prakrti desaparece,reabsorve se,é reabsorvida no seu próprio principio,o poder da exterioridade é reintegrado no imutável, o Principio feminino é reconduzido ao principio masculino, a dualidade é abolida.restando somente a única realidade.
por Tara Michael
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primeiro o Sámkhya e depois os sútras de Pátañjali .
Os sútras estão primeiro na sua lingua original (sânscrito ) acompanhado das traduçôes de George Feuerstein e Mestre DeRose .Em seguida em alguns sútras comentários de George Feuerstein e comentarios meus
Espero que seja de grande utilidade para aqueles que buscam a verdade e a compreensão da sua existencia.
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