Olá visitantes
primeiro o Sámkhya e depois os sútras de Pátañjali .
Os sútras estão primeiro na sua lingua original (sânscrito ) acompanhado das traduçôes de George Feuerstein e Mestre DeRose .Em seguida em alguns sútras comentários de George Feuerstein e comentarios meus
Espero que seja de grande utilidade para aqueles que buscam a verdade e a compreensão da sua existencia.
quarta-feira, outubro 29, 2008
A causa primeira -Sámkhya
A substancia primordial é denominada pradhana ,literalmente "o que é colocado antes de todas as coisas .O fundamento .Ela contem em potencial todas as determinações chamando também de Mula prakrtti raiz de todas as manifestações .Ela é avyakta o não manifestado .Não pode ser percebida mas apenas interferida a partir dos efeitos que constituem o universo manifestado.A relação do manifestado e não manifestado a um só tempo diferentes e identicos é comparada que existe entre o tecido e os fios do que é feito." Quem vê o tecido ,vê os fios.Entretanto,os dois devem ser distinguidos Pois tudo o que é manifestado provém de uma causa e é forçamente impermantente,limitado,submetidoa transformação,caracterizado pela multiplicidade ,contigente ,composto,destinado a dissolição.
terça-feira, outubro 28, 2008
Teoria da causação
O mundo é com razão denominado "em movimento "jagat.
Todas as coisas se submetem continuamente a modificações infinitesimais,e no mais breve espaço de tempo não há nada que não tenha mudado mesmo que imperceptívelmente.Todos os fenómenos ,tanto físicos como psíquicos,estão em estado de fluxo perpétuo.
O Samkhya debruça se sobre a relação do efeito e da causa.Chega se a conclusão de que o produto não é o aparecimento de uma substancia completamente nova,diferente,e sem relação com sua causa, mas , ao contrário, que deve preexistir sob forma latente em sua causa,.Não pode haver nenhum efeito que não tenha existido anteriormente,num estado não manifestado,em sua causa,já que nada pode sair do nada, e que os mesmos efeitos são produzidos pelas mesmas causas. o que aparece como efeito é apenas a manifestação de certas qualidades já presente na causa,o desenvolvimento o debrochar daquilo que era latente,logo a causa e efeito representam respectivamenteo estado não desenvolvido e o estado desenvolvido de uma só e mesma qualidade .Toda produção é um desenvolvimentoe toda destruição uma inovação ou absorção na causa.
segunda-feira, outubro 27, 2008
desapego negativo e desapego positivo
- o primeiro nasce do desgosto experimentado quando se consideram as fadigas que é preciso suportar para adquiri los, a inquietude em conserva los,o sofrimento de perde los os perigos que escondem em si,o fato de que ,ao possui lo outra pessoa encontra privada de tê los.Essa atitude deve incitar a uma busca positiva,caso contrario tornar se -á para ele uma armadilha que conduz á indolência e que denuncia como tal ...é o apego excessivo ao material .
- A segunda espécie de desapego mais rara ,se produz espontaneamente ,bruscamente,sem trabalhosas reflexões sobre a impermanência  do mundo.Nasce de uma ardente sede de libertação,uma saudade intensa do estado incondicionado.É como um pressentimento de uma realidade maior...é o desapego sincero
quarta-feira, outubro 22, 2008
ponto de partida do Samkhya
1 . Aquela que provem de si mesma :nesse sentido abrange o sofrimento mental em inumeráveis formas ,como obter aquilo que não nos agrada, e não obter aquilo que nos agrada ...
2. A miséria causada pelos outros seres , desde os humanos, as feras selvagens ,repteis insetos,..etc
3. A miséria de origem celeste atribuída aos elementos atmosféricos ( calor; frio, seca ,tempestade ciclones ...etc e as influências planetárias .
O que se busca não é um conhecimento abstrato com fim em si mesmo, mas antes de tudo a ciência que liberta,que erradica a miséria Humana.A busca não se torna inútil pela existência advinda da necessidade de remediar todos esses males específicos ,tais como o exercício da medicina a busca de situações agradáveis(conforto)e os diversos métodos de proteger contra que é indesejável. pois todos esses remédios são aleatórios, incertos, temporários e paliativo e só fazem mascarar a precariedade Humana.
O Sámkhya não se limita a superar a inclinação natural em ater se aquilo que é agradável e a ignorar e esquecer tudo que é desagradável- atitude psicológica pela qual a vontade de viver pode subsistir a despeito das mais desencorajadoras experiências , e que resulta frequentemente naquilo que , num contexto moderno de denominaria ,retomando a expressão de Hermann Hesse: "Essa satisfação,essa saúde perfeita,esse grosseiro optimismo burguês,essa disciplina do homem medíocre,normal e vulgar"
O Sámkhya não quer perder se de vista o fato de que ,ao mesmo tempo em que nos regozijamos com uma experiência feliz , há um número incontável de pessoas que sofrem ou cuja a vida é só luta.E discerne saber que mesmo a felicidade que não se revela num exame mais rigoroso, é apenas prazer,refugio habitual dos seres contra a insegurança da vida , até mesmo essa felicidade autentica ,tão rara terá um fim, sendo impermanente e baseada em coisas impermanente.
O Homem deve saber que mesmo quando todas as suas necessidades e perturbações físicas,mentais,morais ,financeiras forem eliminadas ,ainda assim permanece uma espécie de inquietude de agitação interior .
O Sámkhya vem com a proposta de debater essa inquietude e mostrar um novo caminho da discriminação entre o Homem e o espírito .
próximo poster: desapego positivo e negativo
O Sámkhya
Assim como Yoga Clássico ,o sistema Sámkhya surgiu de uma tradição oral mais antiga .É um dárshana(ponto de vista ) dentro do Hinduísmo.
O termo Sámkhya pode ser tomado em vários sentidos ; sua raiz tem a ver com a palavra numero,adquirindo a partir dai o significado de enumeração e classificação perfeita.
A classificação aqui entendida deve ser a complexa cosmogonia Sámkhya., que torna o universo como desenvolvimento de 24 princípios ( tattwas)
Todos esses princípios surgem de um dualismo fundamental entre a Prakrtti (natureza) e o Púrusha( não eu) No seu desenvolvimento o universo uni os dois pólos que no homem são responsáveis pela ignorância e o sofrimento A libertação Humana consiste na volta , isto é , na discriminação da Prakrtti e Púrusha.
Não deve separar Yoga do Samkhya ...essas duas correntes filosóficas uma prática e outra teórica se entrelaçam mutuamente ... se completam .
"Ao contrário do sábio,o ingénuo acredita que o método Sámkhya e o Yoga são coisas distintas Quem se aplica devidamente a um deles colhe o fruto de ambos " Bhagavad- Gita
segunda-feira, outubro 20, 2008
Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada
Começo o Sámkhya  através dessa poesia :
Há metafísica                            bastante em não pensar em nada.
                     
                        O que penso eu do mundo?
                        Sei lá o que penso do mundo!
                        Se eu adoecesse pensaria nisso. 
 Que idéia tenho eu                            das cousas?
                        Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?                         
                        Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
                        E sobre a criação do Mundo? 
 Não sei. Para mim                            pensar nisso é fechar os olhos
                        E não pensar. É correr as cortinas
                        Da minha janela (mas ela não tem cortinas). 
 O mistério das cousas?                            Sei lá o que é mistério!
                        O único mistério é haver quem pense                            no mistério.
                        Quem está ao sol e fecha os olhos,
                        Começa a não saber o que é o sol                         
                        E a pensar muitas cousas cheias de calor.
                        Mas abre os olhos e vê o sol,
                        E já não pode pensar em nada,
                        Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
                        De todos os filósofos e de todos os poetas.
                        A luz do sol não sabe o que faz
                        E por isso não erra e é comum e boa. 
 Metafísica? Que metafísica                            têm aquelas árvores?
                        A de serem verdes e copadas e de terem ramos
                        E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz                            pensar,
                        A nós, que não sabemos dar por elas.
                        Mas que melhor metafísica que a delas,
                        Que é a de não saber para que vivem
                        Nem saber que o não sabem? 
 "Constituição                            íntima das cousas"...
                        "Sentido íntimo do Universo"...
                        Tudo isto é falso, tudo isto não quer                            dizer nada.
                        É incrível que se possa pensar em cousas                            dessas.
                        É como pensar em razões e fins
                        Quando o começo da manhã está raiando,                            e pelos lados das árvores
                        Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.                            
 Pensar no sentido íntimo                            das cousas
                        É acrescentado, como pensar na saúde
                        Ou levar um copo à água das fontes. 
 O único sentido íntimo                            das cousas
                        É elas não terem sentido íntimo                            nenhum.
                        Não acredito em Deus porque nunca o vi.
                        Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
                        Sem dúvida que viria falar comigo
                        E entraria pela minha porta dentro
                        Dizendo-me, Aqui estou! 
 (Isto é talvez ridículo                            aos ouvidos
                        De quem, por não saber o que é olhar para                            as cousas,
                        Não compreende quem fala delas
                        Com o modo de falar que reparar para elas ensina.) 
 Mas se Deus é as flores                            e as árvores
                        E os montes e sol e o luar,
                        Então acredito nele,
                        Então acredito nele a toda a hora,
                        E a minha vida é toda uma oração                            e uma missa,
                        E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.                        
 Mas se Deus é as árvores                            e as flores
                        E os montes e o luar e o sol,
                        Para que lhe chamo eu Deus?
                        Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;                         
                        Porque, se ele se fez, para eu o ver,
                        Sol e luar e flores e árvores e montes,
                        Se ele me aparece como sendo árvores e montes                         
                        E luar e sol e flores,
                        É que ele quer que eu o conheça
                        Como árvores e montes e flores e luar e sol.                        
 E por isso eu obedeço-lhe,                         
                        (Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).                         
                        Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
                        Como quem abre os olhos e vê,
                        E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,                         
                        E amo-o sem pensar nele,
                        E penso-o vendo e ouvindo,
                        E ando com ele a toda a hora.
Fernando Pessoa
sexta-feira, outubro 17, 2008
Sámkhya
uma filosofia por trás do Yoga .
um bom final de semana a todos os simpatizantes e alunos
bjos
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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