Praticar Yoga é descobrir fortalecer sua própria identidade.É identificar-se consigo mesmo.Pensar com sua própria cabeça e observar o mundo por sua própria e única perspectiva.É quebrar e romper barreiras sociais.É também ser livre para agir .É mudar .
Enfim , é revelar a perfeição que existe nato em nós.
Yoga não é teoria , é pura realização.

Olá visitantes

Comece lendo esse blog de baixo para cima
primeiro o Sámkhya e depois os sútras de Pátañjali .
Os sútras estão primeiro na sua lingua original (sânscrito ) acompanhado das traduçôes de George Feuerstein e Mestre DeRose .Em seguida em alguns sútras comentários de George Feuerstein e comentarios meus
Espero que seja de grande utilidade para aqueles que buscam a verdade e a compreensão da sua existencia.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Os Tattwas(tattva) 1 parte

Na origem da manifestação por ruptura dos "*Guna" devido a proximidade do Purusha,o guna sattwa torna se predominante na Prakrti, e a manifestação procede por graus mais sutis ao mais grosseiro.
A primeira produção da Prakrti é Mahat(o grande).É denominado Grande por que não há outro princípio que oo supere ; é de ordem universal, co-extensivo à manifestação em sua totalidade.Mahat é por sua vez identificado como Brahma.Mahat é o intelecto divino que vê Purusha e Prakrti .Substrato de toda compreensão Buddhi é a base da inteligência de todos os seres vivos ,comparada,por causa de sua preeminência em sattwa.Diz que esta esta repartida entre todos os seres,porque todos a possuem.Mas ainda que pertença a todos os seres,esta alem da individualidade .
No ser individual Buddhi se manifesta em particular como discernimento,como aquilo que reconhece ,determina e decide.Enquanto o termo Mahat exprime o aspecto Cósmico desse tattwa; o sinonimo Buddhi se refere ao aspecto microcósmico, relativo a cada individuo.
A segunda produção da Prakrti é Ahamkara principio da egoidade , noção do eu ,o fator da individuação;que tem o efeito individualizar o principio intelectual.Ele introduz na consciência a oposiçao entre o sujeito e objeto e, decorrente desse contraste ,nasce a convicção de que "a mim as coisas externas e internas dizem a respeito" Esse principio que aprisiona na confusão entre a Prakrti e Purusa enquanto Buddhi tem a função de descrimina los . No momento que você diz eu faço eu sou ...esse é o momento o qual você não mais discrimina a Prakrti e o Purusha .Você se vislumbra com a Prakrti .
A partir dai assistimos a uma espécie de bifurcação no processo evolutivo.Este se divide em duas correntes que vão formar ,uma um universo subjetivo e a outra um universo objetivo estando ambas correlacionadas .Esse desdobramento resulta naturalmente da divisão criada por ahámkara entre "eu agente" e um "isso"



*obs : Não existe o plural no Sânscrito

Sámkhya - O Purusha

O Purusha - o princípio de consciência ,imutável e eterno.Em si mesmo, imóvel, não ativo, ilumina com sua luz toda a evolução cósmica e individual .
"Além do não manifestado esta o Purusha ,onipresente e indistinguível.Aquele que o reconhece liberta se e obtém a imortalidade.
Alem do Purusha ,não há nada , ele é o resultado ,é o objetivo final.
A palavra Purusha que significa literalmente o Homem,designa a essência final do Homem.
O Purusha é a Consciência- Testemunha, Observador imóvel,que contempla em silencio o movimento da Prakrti.Nunca entra em ação e tampouco existe para ele a cessação.A ação pertence aos Guna da Prakrti,da qual é inteiramente distinto e independente .Não afetado por qualquer desejo,não engajado,imaculado, vê tudo e tudo assiste,sem estar implicado.
É o espectador que se mantém no centro(madhyastha),equânime,imparcial,desinteressado,impassível.
Desprovido de qualquer atributo,isento de qualquer qualidade,já que esta alem do Guna , nunca poderá ser objeto da experiência.
Sua eternidade não é somente permanência,mas imutabilidade e perfeição.Sua natureza é consciência pura,que só se torna conhecimento no sentido empírico através das limitações do corpo e do intelecto impostas pela associação da Prakrti.
É a consciência sem começo e fim,inalterável,cuja luz ilumina toda esfera dos pensamentos,dos sentimentos e das sensações. O eu que esta presente no sono profundo, nos estados de vigília e o sonho que da continuidade e coesão a todos diferentes estados psíquicos.Se fosse sujeito a transformação, o conhecimento seria impossível.
Não depende de nada, mas as produções de Prakrti ,depende para manifestarem se da luz do Purusha .
É a influencia do Purusha,sua atividade não ativa ,que , no inicio do ciclo criativo ,põe em movimento a Prakrti e a faz emitir os mundos.
Anteriormente, a manifestação á Prakrti repousa em sua indiferenciação primordial onde os três (guna)permanecem em perfeito equilíbrio,neutralizando mutuamente.Esse estado " suspenso de união dos opostos é o estado natural da Prakrti,no qual o universo desaparece no momento de uma dissolução continuo em uma só direção. A simples presença do Purusha agindo como o "motor imóvel"de Aristoteles,rompe o equilíbrio dos Guna da Prakrti e provoca a manifestação, `a qual preside e que é por ele animada ao mesmo tempo em que lhe permanece essencialmente transcendente.
A influência misteriosa que o Purusha exerce na Prakrti é comparada ao imã que,mesmo permanecendo imóvel põe em movimento as partículas do ferro.
O desenvolvimento da manifestação a partir do não manifestado até a manifestação grosseira se faz por etapas sucessivas ,sendo cada uma dessas etapas denominada Tatwa
A Prakrti investida do poder criador pela simples presença do Purusha emite um princípio (Tatwa) que a partir de si mesmo gera um outro ; este ultimo torna se por sua vez a causa do principio que dele emana , e assim por diante ,cada principio procedendo do principio superior por modificação.Assim , toda a criação é emitida como manifestação daquilo que inerente na Causa primeira .
O Purusha que é a consciência ,assiste como testemunha a cada uma das etapas da manifestação que não deriva dele ,mas unicamente da Prakrti,a única a transformar se e modificar se .


PURUSHA:
"aquilo que não se poderia ver,mas pelo qual as visões são vistas, aquilo que o pensamento não poderia pensar,mas graças ao qual o pensamento pensa ,aquilo pelo qual tudo se manifesta é que por nada é manifestado"